11 de agosto de 2022 | Híbrido

A cada ano mais pessoas morrem de doenças cardiovasculares, principalmente por doenças isquêmicas do coração e acidentes vasculares cerebrais | AVC, sendo a principal causa de morte no Brasil e no mundo nos últimos 20 anos. Cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma doença no coração e cerca de 400 mil morrem por ano em decorrência dessas enfermidades, o que corresponde a 30% de todas as mortes no país, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia | SBC. São cerca de mil óbitos por dia, números que estão sendo agravados em função da pandemia da Covid-19.

As doenças cardiovasculares se caracterizam por um conjunto de disfunções que afeta o coração e os vasos sanguíneos, incluindo problemas estruturais e coágulos. Os tipos mais comuns são a doença arterial coronariana, pressão alta, parada cardíaca, arritmia cardíaca e insuficiência cardíaca. Os principais fatores de risco para essas patologias são a hipertensão, diabetes, dislipidemia, histórico familiar, estresse, tabagismo, obesidade, sedentarismo e doença da tireoide. Especialistas afirmam que a pandemia agravou ainda mais o cenário dessas enfermidades.

No Brasil, seguindo uma tendência mundial, as doenças do coração têm apresentando um crescimento preocupante em decorrência das mudanças nos hábitos de vida, sobretudo o sedentarismo, o estresse e a alimentação, somados também ao envelhecimento populacional e nos últimos dois anos, pelos impactos e consequências da COVID-19.

Como principal causa de morte desde a década de 1960, as doenças cardiovasculares são responsáveis por uma grande carga de patologias e um substancial crescimento de custos para os sistemas de saúde. Estima-se que os custos aumentem à medida que a população envelhece e a prevalência de casos graves aumente.

A Insuficiência cardíaca | IC está entre as maiores causas de mortalidade e morbidade, associada também ao alto uso de recursos e custos com saúde. A sua prevalência é de aproximadamente 2 milhões de pacientes, e sua incidência é de aproximadamente 240.000 novos casos por ano. Apesar da inegável evolução tecnológica na área da saúde nas últimas décadas, o acesso a novas tecnologias ainda é um grande entrave para o desejável avanço no enfrentamento e controle das doenças cardiovasculares no Brasil.

As doenças cardiovasculares é um problema de saúde pública. Reduzir o número de óbitos por essas doenças é o grande desafio da cardiologia. Investimentos em ações de prevenção, promovendo um reforço nas Unidades Básicas de Saúde | UBS, para o diagnóstico assertivo e manejo adequado do paciente, pode fortalecer as práticas preventivas e colaborar para um tratamento adequado e eficaz.

Considerando a necessidade de somar nesse propósito de melhorar o cenário das doenças cardiovasculares no Brasil, o Instituto Brasileiro de Ação Responsável, promoveu no dia 11 de agosto de 2022, o XIII Fórum Nacional de Inovação Tecnológica em Saúde no Brasil – Doenças Cardiovasculares, tendo como tema central a importância da tecnologia para o avanço e melhoria no diagnóstico e tratamento das doenças cardiovasculares, com recorte para a Insuficiência Cardíaca | IC. Autoridades, especialistas e representantes de pacientes, estarão reunidos para difundir o conhecimento, refletir e propor ações e políticas públicas específicas para assegurar o acesso ao diagnóstico precoce, tratamentos adequados e ampliação das linhas de cuidados a todos os pacientes e seus familiares. Confira!